sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Outros caminhos

Semana passada fui a uma palestra sobre a importância de como preparar um currículo lattes. Gostaria, primeiramente, de parabenizar a Universidade Veiga de Almeida pela iniciativa da semana de iniciação científica. E levantar alguns questionamentos... Gostaria de deixar claro que essa é uma opinião baseada estritamente na minha experiência pessoal.

Me formei em produto pela PUC-Rio e em design gráfico pela UniverCidade. Em ambas experiências de graduação tive a impressão de que o curso é muito pragmático, ou seja, devemos direcionar nosso conhecimento para o projeto, cujo resultado final se traduz em um produto, seja ele um site, uma identidade visual ou uma cadeira. Com isso, nos ensinam a importância de se formatar um bom portfolio, buscar desde os primeiros períodos estagiar, entre outros requisitos. Óbvio que tudo isso é muitíssimo importante, mas não se traduz na única opção de um profissional de design. Existem outros caminhos pouquíssimos explorados nas faculdades, pelo menos nas que fiz.

Um desses caminhos - o qual eu trilhei e serviu como experiência - é o de designer empresário. Existe um livro muito bom disponível no mercado do Gilberto Strunck chamado Viver de design, que ensina toda essa parte burocrática de se abrir e gerenciar um negócio próprio. Na faculdade nos ensinam a fazer um contrato, a cobrar pelas horas de trabalho... Mas se quisermos abrir uma empresa? Como administrar? Quais as implicâncias de se contratar um funcionário? São questões que adoraria ter visto em alguma aula.

O outro caminho - pelo qual desejo trilhar a partir de agora - é o acadêmico, a produção científica. Acredito que muitos alunos de design devem ter calafrios na espinha ao ler isso. rs O máximo que experimentei como aluna foi metodologia científica, que na época, confesso, não morria de amores, mas hoje percebo como é fundamental para um projeto bem fundamentado. O que é pesquisa científica? Como concorrer a bolsas? Como fazer currículo lattes? Quais caminhos devemos trilhar na faculdade para nos tornarmos pesquisadores? São questões que adoraria ter visto em alguma aula.

Uma vez um professor me disse que se não soubesse desenhar que não deveria continuar cursando design, era melhor fazer dança (sem desmerecer a carreira, não me interpretem mal). Imagina se eu tivesse levado essa crítica realmente a sério? Claro que saber desenhar é importante, mas se eu dependesse disso para ser designer, teria feito dança! Só quero dizer que há outros caminhos que podem ser traçados na vida acadêmica que podem nos levar a Milão!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

bons sonhos...


Ler é tudo de bom. Antes de dormir, melhor ainda. Ler abraçadinha à um travesseiro que emite luz... sem palavras. Só espero que seja suficiente! Confira mais detalhes no Blog da Galileu.

Sapatos de gueixa... ou de queixa



Assim que vi as fotos desses sapatos lembrei da estória daquelas pobres coitadas chinesas que enfaixavam os pés até deformá-los em nome da beleza. Me desculpem Marc Jacobs, Manolo Blanik, Nina Ricci, entre outros que assinam - para mim assassinam - um dos acessórios mais cobiçados pelas mulheres. Pois sim! Sapatos como esses podem cometer os dois tipos de assassinato previstos no Código Penal Brasileiro: o homicídio culposo e o homício doloso. O culposo, sem intenção de matar, é quando uma pobre coitada cai literalmente do salto e deixa as passarelas direto para o necrotério. Já o doloso, com intenção, acontece quando o sapato é arremessado contra outro indivíduo e o salto número 15 acerta em cheio uma artéria vital.
Vocês podem me questionar dizendo: mas são sapatos conceituais, só sevem para passarela. Tudo bem, adoro projetos conceituais, mas se esses sapatos fossem produzidos em série, seriam verdadeiros serial killers!!! Por favor, para o bem geral da nação, não saiam das passarelas!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Projetos incríveis 2


Quando uma ideia inovadora vem acompanhada de um patrocínio, só pode dar samba! No caso, qualquer ritmo. Vale a pena conferir a ação feita em conjunto pela agência de publicidade DDB e pela Volkswagen e implantada em um metrô de Estocolmo, na Suécia.
As duas empresas se reuniram para criar um experimento chamado Fun Theory, uma tentativa bem ambiciosa de tentar mudar os hábitos sedentários dos moradores da capital da Suécia, Estocolmo.

Para isso, transformaram as escadas de uma estação de metrô em um piano, o que aumentou surpreendentemente o uso das escadas em 66%.

Projetos incríveis


Recebi esse vídeo incrível. Para mim, que sou mãe, não vejo a hora de poder sonhar com um produto desses. Espero que ele esteja disponível antes da minha filha abandonar o carrinho rs. Senão, fica para o próximo...

domingo, 18 de outubro de 2009

O que você quer ser quando crescer?

Depois de um longo e tenebroso inverno, aqui estou novamente publicando. Recomeço com uma homenagem ao mês da criança (já que o dia passou...).

Yasmin estava empolgada, acabaram as férias de julho e logo veria as suas amiguinhas e a professora. Para uma menina de quatro anos, o mundo é uma descoberta diária. Depois de longos discursos de como foram as férias, quem viajou para onde, juras de melhores amigas para sempre, a professora começou a aula perguntando para as crianças:

- O que vocês querem ser quando crescerem?

Uns responderam médicos, outras professoras, engenheiros, jogador de futebol, mas a professora se impressionou mesmo com a resposta daquela empolgada menininha:

- Tia, eu quero ser designer.

A professora olhou para Yasmin meio incrédula...

- Que gracinha, aonde você viu isso?

- Quero ser igual a minha mãe.

- Turma, tive uma idéia, em homenagem a futura profissão de Yasmin, vamos fazer um desenho bem bonito porque designer precisa saber desenhar muito bem.

Chegando da escola, Yasmin pergunta a sua mãe:

- Mamãe, o que você faz mesmo?

- Como assim, filha?

- É que eu falei para minha professora que eu queria ser designer igual a minha mãe e ela disse para a turma fazer um desenho bem bonito porque designer sabe desenhar muito.

Adendo: desde cedo Ana Júlia ensinou sua filha a falar designer com a pronúncia correta, afinal, ela tinha que dar o exemplo. Difícil mesmo seria a hora de escrever...

- E por que você me perguntou o que eu fazia?

- Mãe, você não sabe desenhar.

- Como não, filha? E aquele solzinho que eu fiz?

- Mãe, esse solzinho eu também faço.

Uma coisa é explicar para um cliente, um parente, um adulto o que um designer faz (apesar da tarefa ainda ser difícil). Mas vai explicar para uma criança de quatro anos? E tendo o cuidado de não contrariar a professora! Senão a tarefa seria mais árdua ainda... Criatividade, criatividade!

- Filha, tem que saber desenhar sim, mas não precisa ser um Leonar... (não, imbecil, não cita nome difícil), não precisa ser tanto assim como a professora disse.

Pronto, assunto encerrado. Não para uma criança de quatro anos...

- Entendi, então você desenha no computador? Deixa eu ver! Deixa eu ver!

- Filha, vamos fazer assim, a mamãe precisa trabalhar agora, mas vai praticando, quero ver desenhos bem bonitos, tá? Desenha bastante, tudo o que vier à cabeça, ok? Depois a mamãe mostra.

- Tá mamãe! Quando eu cansar você me mostra?

Ufa, conseguira despistar dessa vez, quem sabe ela não consegue adiar essa conversa por mais quatro anos? Se a professora deixar, é claro!

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Para viagem


Sabe aqueles dias em que você quer fazer alguma coisa diferente da rotina? E fica gastando o controle da televisão por que não sabe exatamente o que assistir? Nesses dias, ao menos comer algo diferente já seria um bom começo. Depois de mudar muitos canais, o sujeito esbarra com o comercial que parecia feito sob encomenda: um sanduíche com 6 milhões de combinações possíveis. Uau! Era isso! Poder escolher entre 6 milhões de itens parecia uma aventura diferente para um domingo à tarde. Do jeito que estava vestido – calça de moletom, camiseta básica branca e chinelos de dedo – saiu à cata do famoso sanduíche.

Chegando a uma franquia, se deparou com a caixa super bem treinada para atender qualquer cliente faminto por escolhas:

- Boa noite senhor, posso ajudar?

O empolgado sujeito responde:

- Com certeza! O anúncio diz que são 6 milhões de combinações, certo?

- Certo, senhor! Qual vai ser o pedido?

- Se eu quiser colocar 1 milhão de ingredientes no sanduíche eu posso, então?

- Desculpe, senhor, mas não é bem assim que funciona, o senhor tem direito a escolher entre 10 ingredientes e dois molhos.

- Mas só isso? Puxa, achei que pudesse escolher mais... Então, se são 6 milhões de combinações deve ter um bocado de itens para escolher.

- Na verdade, são 50, senhor...

- Nossa, como é que se chega nos milhões de combinações com 50 itens?

A caixa, a essa altura, já havia desfeito o sorriso da face...

- O senhor gostaria de fazer o pedido?

- Tudo bem, não quero mais tomar o seu tempo. Quais os tipos de pães?

- Integral, com gergelim, light, diet, árabe, branco, de leite, com ervas e centeio.

- Integral, gerge... me dá o normal mesmo.

- Normal não temos. Pode ser branco?

- Tudo bem, agora o recheio. Eu posso escolher 50, certo?

- Não, senhor... Apenas 10.

- Então coloca aí... Deixa eu ver... Nossa, é muita coisa... Alguma sugestão?

- O kani com queijo branco costuma sair muito bem.

- Não é bem isso que eu quero...

- Senhor, me desculpe, mas a fila está ficando grande atrás do senhor.

- Puxa, nem tinha percebido. Cancela o sanduíche. Vocês vendem sorvete?

-Não, senhor.

- Café?

- Carioca, expresso, com leite, chantilly, meio amargo, com raspas de canela...

- Me vê um preto, puro, sem açúcar.

- Vai tomar agora, para viagem ou delivery?

- Para viagem!

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Eu não tenho, você tem?

Eu adoraria dar a volta ao mundo em 180 dias. Conhecer lugares novos, entrar em contato com culturas tão diferentes da minha é enriquecedor. Sempre que vejo na televisão esses anúncios de viagens meus olhos brilham, mas uma pulga fica atrás da minha orelha. Já repararam que geralmente o comercial acaba assim: procure seu agente de viagens. Você conhece algum agente de viagens? É bem diferente de dizer “vou falar com meu advogado”. Ainda que você não tenha um de confiança, não é difícil contratar um, já que existem mais advogados do que chuchu na serra. Mas um agente de viagens? Imagina que chique, estou com vontade de conhecer a Itália, então eu pego meu caderno de telefones, ligo para o meu amigo agente de viagens e combinamos de tomar um cafezinho para discutir as melhores condições para se viajar.

Se alguém se encaixa nesse perfil, por favor, entre em contato comigo, eu preciso saber como é a sensação de ter um agente exclusivo (diretamente, sem o intermédio de um advogado, ok?).

Seria mais apropriado substituir o pronome possessivo pelo artigo indefinido. Quer conhecer a Itália? Procure UM agente de viagens. Hum... bem melhor.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Ai, que micro...

Ultimamente ando pagando muitos micros. Imaginem vocês que até um ano atrás eu não tinha nem orkut. Agora tenho blog, portfolio em site, twitter, fotolog... Estou me sentindo a própria criança lambuzada no melado experimentado pela primeira vez.

 

Acreditem vocês que a divulgação da minha primeira crônica foi pegando todos os meus contatos na agenda eletrônica e mandando por e-mail. Ai, que micro...

Então uma alma caridosa me sugeriu: “por que você não cria um blog?” Claro, um blog. Ainda bem que existe google com ferramentas que até minha filha de 10 meses saberia mexer. Senão seria o maior micro perguntar como se faz um blog.

 

É claro que não iria pagar o micro de divulgá-lo da mesma maneira que a crônica, tinha que haver um jeito mais inteligente de se fazer. Ah, sim! O orkut iria servir para algo mais do que depósito de fotos e de busca de pessoas da época do maternal. Mas o pior ainda estava por vir! Mandei um recado para mim mesma com o endereço do blog! Quer micro maior que esse?

 

Mal tinha configurado a minha página, uma outra alma amiga me aconselhou: “por que você não cria um twitter?” Claro, um twitter. Mas, para que serve um twitter? Para todo mundo saber o que você está fazendo on line, on time, full time!!! Já tentaram acompanhar um twitteiro? Não dá! Não vou pagar o micro de virar Globo News e dizer o que estou fazendo a cada meia hora.

 

É muito louco conhecer todo mundo e ninguém ao mesmo tempo. Não me impressionaria se num futuro bem próximo as relações amorosas começassem on line, o casal que quisesse conceber filhos faria o sexo virtual e o futuro rebento seria igual ao tamagoshi, alimentado com baterias... É tão absurdo assim o que estou dizendo? Acho que sim, que micro... Melhor parar de contar minhas peripécias internáuticas por aqui antes que seja votada a maior micreira da rede!

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Síndrome de Benjamin Button


Estamos nos deparando com a mais nova síndrome da Era de Aquárius: a síndrome de Benjamin Button. Não existe a do Peter Pan? Pois bem, esta também está relacionada com o personagem. Muitos devem ter assistido (confesso que não tive a oportunidade ainda) ao filme em que o ator Brad Pitt nasce velho e à medida que passa o tempo, ele rejuvenesce.

Vou explicar melhor. Estava eu assistindo ao programa da Oprah e o tema era longevidade. A nova onda nos Estados Unidos (não poderia ser em outro lugar!) é a dieta (odeio esse nome) da restrição alimentar (meu Deus, piorou!). Depois da nação fast-food, da obesidade virar epidemia nacional, agora a tsunami das dietas malucas varre o país de ponta a ponta. Mas essa não é uma simples dieta de emagrecimento, essa dieta informa às suas células – não me perguntem como – que elas devem reduzir o próprio envelhecimento.

Pois bem, estava lá um homem de 51 anos, Joe, que adota, vamos chamar assim, essa DRA há oito anos e diz com todo orgulho que vai chegar aos 150 anos! Não questiono a dieta em si, ela até parece ser boa e bem balanceada, o indivíduo não passa fome e o cinquentão era bem enxuto. Depois deste depoimento, apareceu um casal que há 15 anos resolveu adotar a DRA. Além das bochechas rosadas, outra característica destes adeptos me chamou a atenção. Aquela cara de gente sem graça, com sorriso perfeito demais, congelado nas faces plastificadas e pasteurizadas. Isso me faz lembrar um outro filme com a Nicole Kidman, Mulheres Perfeitas. No longa em questão, as mulheres são programadas para serem esposas perfeitas e engomadas. O final, para quem não sabe ou não se recorda, é uma revolta feminina geral.

Em uma parte do programa, a Oprah pergunta ao Joe (uma figura de outro mundo, com certeza) se ele não sente vontade de comer outras coisas. Ele respondeu que quando sente vontade, ele pensa no seu objetivo. Resolvi assistir o programa até o fim na esperança da apresentadora perguntar por que ele pretende viver até os 150 anos. Infelizmente ela não perguntou, mas imagino que seria para plantar mais árvores para as próximas gerações ou exercer tanta caridade que não sobraria karma ruim para a próxima vida. Porém, vindo de uma cara como a do Joe, imagino que seja para entrar no Guiness Book, sei lá. Já que não pretendo viver tanto assim, essa resposta fica para minha próxima geração.

Imagina se a moda pega? Acabou raspar o fundo da panela de brigadeiro que acaba de ser feito. Comer uma caixa de bombons se o namorado esqueceu do seu aniversário? Nem pensar! Sentir aquele cheirinho de bolo assado saindo do forno... ai, ai... Que essa moda não chegue até aqui!

Será que um DRA pode fazer sexo com um não adepto? Sei lá, troca de fluidos, além de acelerar o coração, pode acelerar o envelhecimento precoce e o pobre Joe morre aos 120 anos! E entre eles mesmos, pode? De repente, estamos assistindo ao ser humano saindo do cinema e parando nas entrelinhas do livro Admirável Mundo Novo...

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Designer com acento no A

Ana olha no relógio. Chegou cedo para sua consulta, quase meia-hora. Mas se tratando de uma consulta médica, meia-hora e mais o atraso habitual do médico, somam-se uns cinqüenta minutos de antecedência. Como era sua primeira vez, a secretária a chamou para o preenchimento da ficha. Tudo corria muito bem até determinada hora:

- Qual sua profissão, querida?
- Designer.
- A ta, “desain”... Como é que se escreve mesmo?

Naquela manhã, diante da fatídica pergunta tomou uma drástica decisão:

- Escreve aí: D-E-S-A-I-N-E-R
- Mas, tem alguma coisa estranha... é assim mesmo?
- Não, você esqueceu o acento agudo no A.
- “Nem”, você está brincando comigo, né? Eu não sei como se escreve, mas assim também não é!
- Olha só, eu sou brasileira, fluminense, carioca, garota de Copacabana e estou te dizendo como se escreve em português.
- Você não pode sair inventando palavra assim!
- Por que não? Só porque não me chamo Aurélio? Se toda vez que você perguntasse, escrevesse como eu te disse, você não perguntaria mais.
- Olha só, “nem”, eu sou só uma secretária e você uma “desain”. Ninguém está aqui para mudar o mundo, certo? Para ser sincera não sei nem o que você faz. Que tal a gente pular essa discussão porque ainda tenho algumas perguntas para preencher a sua ficha e o médico já vai te chamar.

Ana respira fundo e se convence que realmente aquele não era o lugar nem aquela era a pessoa certa para esse tipo de discussão. Resolve ceder e soletra sem entusiasmo:

- D-E-S-I-G-N-E-R
- Ah não, “nem”! Agora você conseguiu acabar com a minha paciência!!!!

Designer de quê?

Recebi um telefonema da minha mãe assim:

- Minha filha, vem uma pessoa aqui em casa que é “color designer”. Ela trabalha com cor para carros, ela até energiza paredes! Você fez esse curso, minha filha?

Eu, pasmem, respondi:

- Mãe, eu estudei cor na faculdade. Ela deve ter se especializado nessa área.

Sem desmerecer essa pessoa que nem conheço, mas ora bolas, color designer? Para um país que adora americanizar seu vocabulário, quando me perguntam qual é a minha profissão e digo “designer” parece que empino o nariz e subo no salto, mas não é nada disso. Ainda não se conseguiu uma palavra melhor na nossa rica língua portuguesa que expressasse todos os setores abrangidos pelo design. Bom, mas isso já é um outro assunto.

Pois bem, aproveitando a palavra designer e colocando um prefixo em inglês, a pessoa passa de ordinary para fabulous! Aí temos toda uma gama de hair designer, color designer, eye designer, fashion designer e o que a imaginação – e o inglês – permitir criar.

Até nós, designers, quando perguntados sobre o que fazemos enrolamos a língua e tentamos puxar na memória aquela citação de um livro que explique em poucas frases a profissão. Por fim, explicamos o que fazemos no dia a dia e fica tudo certo. Então aquele profissional do cabelo que faz um super penteado “retrô” ou aquele da última tendência é um hair designer?

Para finalizar esse desabafo deixo no ar apenas uma pergunta, já dita por tantos e também com tantas respostas.

Afinal, o que é design?

Juliana Nunes
Something designer